quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ribeiro de Corvo ou Ribeiro de Carcavelos

Ribeiro de Corvo ou simplesmente Ribeiro da Ponte, próximo da nascente em Felgueiras
ComprimentoN/D km
NascenteSerra de Montemuro(Monte de São Cristóvão)
Altitude da nascente1130 m
Débito médioN/D m³/s
FozDouro
Área da baciaN/D km²
O Ribeiro de Carcavelos, também conhecido por Ribeiro de Corvo, ou simplesmente Ribeiro da Ponte devido à proximidade destas localidades, é um pequeno curso de água de Portugal que nasce na Serra de Montemuro a 1130 metros de altitude, no lugar de Corvachinho em pleno Monte de São Cristóvão, freguesia de Felgueiras, e vai desaguar no Rio Douro abaixo de Mirão (Lugar da Mercê).
   
 
 

Rio Bestança

Coordenadas: 41º 05' N 08º 04' O
Bestança
Rio Bestança - Cinfães
Comprimento13.5 km
NascenteSerra de Montemuro
FozDouro - Porto Antigo
O Bestança é um rio português do concelho de Cinfães que nasce a 1229 metros de altitude em plena Serra de Montemuro. Tem uma extensão de cerca de 13,5 quilómetros e desagua em Porto Antigo, na margem esquerda de uma das melhores albufeiras do Douro, entre as freguesias de Oliveira do Douro e Cinfães.
O seu nome advém de "Bestias" que significa que corre naturalmente em zona de fauna e flora selvagem. Tem uma vegetação ribeirinha bem estruturada e águas límpidas que o tornam um dos rios com melhor qualidade ambiental. Dado o elevado grau de conservação natural de todo o curso fluvial e como ecossistema sustentável de indiscutível importância, o rio Bestança foi integrado na Rede Natura 2000 e classificado como Biotopo Corine, assumindo uma importância ecológica nacional e internacional de exponencial valor.

 

Afluentes

  • Margem direita: Ribeiro de Alhões, Ribeiro de Soutelo e Chã de Ribeiro
  • Margem esquerda: Ribeiro dos Prados ou de Barrondes e Ribeiro de Enxidrô

Características Geológicas

Localização

A Bacia hidrográfica do rio Bestança está representada na Carta Militar de Portugal, escala 1:25.000, as folhas 136 e 146, dos Serviços Cartográficos do Exército, bem como na Carta Geológica de Portugal, escala 1:50.000, dos Serviços Geológicos de Portugal.
O relevo da região da bacia do rio Bestança é altimetricamente amplo, oscilando 1200 metros a partir da região Sul-Sudeste do Município de Cinfães, correspondende à Serra de Montemuro.

Rio Bestança - Cinfães

A bacia hidrográfica do rio Bestança encontra-se densamente arborizada com a ocorrência de espécies autóctones em estado de completa preservação, que apresenta uma floresta mista de carvalhos (Quercus sp.), castanheiros (Castanea sativa), loureiros (Laurus nobilis), salgueiros (Sallis sp.), amieiros (Alnus glutinosa) e algumas árvores de fruto como nogueiras (Juglans regia) e azevinhos (Ilex aquifolium).
Na diversidade faunística, encontram-se diversas espécies como a Lontra (Lutra lutra), a salamandra lusitana (Chioglossa lusitanica) e a Truta (Salmo trutta), que dependem do equilíbrio constante e naturalmente ecológico do curso fluvial e da manutenção dos habitats ribeirinhos. A área envolvente ao curso do rio abriga também outras espécies de avifauna das quais se destaca a Águia-real (Aquilla chrysaetos).
Ao nível da ocupação e usofruto do solo, a bacia de drenagem fluvial é bastante limitada na acção humana, apresentando apenas pequenos aglomerados rurais circundados por terrenos de produção agrícola, onde na maioria das vezes se pratica uma acção de subsistência familiar. De referir a sua riqueza etnográfica e cultural, preservada ao longo de gerações por elementos resistentes como moinhos e pontes de pedra, e achados arqueológicos.

Hidrografia


Rio Bestança - Cinfães

  As águas correntes são, entre os agentes externos, aqueles que mais se evidenciam na moldagem do relevo e o rio Bestança com os seus afluentes, não constituem qualquer excepção, sendo os maiores responsáveis pela configuração e formato da paisagem do Vale do Bestança.
O rio Bestança nasce na Serra de Montemuro, junto ao ponto denominado Portas, e corre num estreito vale (profundo e rectilíneo), até se juntarao rio Douro no lugar de Porto Antigo. Nos 13,5 km do seu curso, desce cerca de 1200 metros de altitude desda a nascente até cerca de 15 metros na união ao rio Douro).
O vale de factura por onde corre selvagem e livremente, constitui uma verdadeira excepção no maciço montanhoso de Montemuro já que todos os cursos de água que brotam das entranhas desta Serra instalam-se em vales que denotam um estado longínquo do equilíbrio.
Na margem direita do rio Bestança, os ribeiros de Ourique e Alhões são os mais importantes; e, na margem oposta, os rireiros de Enxidrô, Prado, Tendais e Canadas são os que lhe fortalecem o caudal. A abundância de águas, propiciada pelo substrato granítico, imprime a grande parte da bacia hidrográfica do rio Bestança um tom completamente verde natural, gerado pela densa floresta que as águas enriquecem.
A bacia do rio Bestança é limitada a levante pelo rio Cabrum e a Ocidente pelo curso revoltoso do ribeiro de Sampaio.

Rio Cabrum


Cabrum
Comprimento
20 km
Nascente
SerradeMontemuro
Altitude da nascente
1382 m
Débito médio
N/D m³/s
Foz
Douro
Área da bacia
N/D km²


O Rio Cabrum é um rio português que nasce na Serra de Montemuro, mais propriamente próximo da Gralheira , desagua no Rio Douro, dividindo as freguesias, de Miomães do concelho de Resende, da freguesia de Oliveira do Douro do concelho de Cinfães.

Afluentes
  • Ribeira do Enforcado
  • Ribeira da Gralheira
Barragens no Rio Cabrum
  • Ovadas
  • Freigil

Rio Balsemão

 
Balsemão
Comprimento32.4 km
NascenteSerra de Montemuro
Altitude da nascente1352 m
Débito médioN/D m³/s
FozRio Varosa
Área da baciaN/D km²
DeltaN/D

O Balsemão é um rio português que nasce na Serra de Montemuro no lugar de Rossão. No seu percurso passa por Lamego indo desaguar logo a seguir na margem esquerda do Varosa
O Balsemão abastece de água a cidade de Lamego, e as principais freguesias deste município.

Fauna e flora

A Serra de Montemuro, faz parte da 1ª fase da lista nacional de sítios da rede natura 2000. Está classificada como BIÓTOPO CORINE, com designação de Serra do Montemuro/Bigorne. Na descrição que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) faz, destaca-se a grande biodiversidade, resultado do bom estado de conservação dos vários tipos de habitat que aí se encontram representados – alguns deles de considerável valor conservacionista, como as turfeiras activas (habitat prioritário-) e mais concretamente a vasta comunidade de vertebrados, da qual fazem parte inúmeras espécies com estatuto de ameaça, como, por exemplo, o lobo (Canis lupus). De acordo com Censo Nacional de Lobo 2002-2003, a Serra de Montemuro é um dos últimos refúgios desta espécie a sul do Douro. A escassez de presas naturais e domésticas, assim como a pressão exercida pela construção de Parques Eólicos (abertura de acessos e aumento a perturbação humana), constituem os principais factores de ameaça. Existem praticamente em toda a serra, diversas espécies de aves, como por exemplo: as perdizes (Alectoris rufa), galinholas (Scolopax rusticola), águia de asa redonda (Buteo buteo), pombo-trocaz (Columba palumbus), melro preto (Turdus merula), mocho-de-orelhas (Otus scops), tentilhão comum (Fringilla coelebs), estorninho preto (Sturnus unicolor), rouxinol comum (Luscinia megarhynchos), mas para além destas aves existem muitas outras, mas estas são as que mais se vêm, e são as mais comuns na serra. Em toda a serra são comuns mamíferos, como os musaranhos (Crocidura sp.), a toupeira (Talpa occidentalis), o coelho-europeu (Oryctolagus cuniculus), a fuinha (Martes foina), a lebre (Lepus granatensis) e a raposa (Vulpes vulpes), javali (Sus scrofa), doninha (Mustela nivalis), texugo (Meles meles). Ao javali, são organizadas caçadas, mas pelo que consta são ilegais. Na serra existe também a ameaçada víbora cornuda (Vipera latastei), que é umas das duas únicas cobras venenosas perigosas que ocorrem em Portugal (a outra é a víbora-de-seoane). O seu veneno pode ser fatal em crianças, idosos ou pessoas debilitadas. Num adulto saudável a mordedura é muito dolorosa, mas em geral não é fatal. Ainda existem os caçadores de víboras, que ilegalamente capturam espécimes dos quais aproveitam apenas a cabeça. Esta situação tem contribuído para piorar a sua situação no nosso país (actualmente é uma espécie com estatuto de ameaça vulnerável).
A flora de toda a Serra de Montemuro é bastante rica. Nas encostas da serra, mas praticamente no fundo da serra predominam as plantações de pinheiro (Pinus pinaster), acompanhado do carvalho-roble ou carvalho-alvarinho (Quercus robur) e o castanheiro (Castanea sativa), sen do que este último nunca aparece acima dos 1.000 metros. Nas margens dos ribeiros predominam o amieiro (Alnus glutinosa), o salgueiro (Salix spp.), a borrazeira branca (Salix salvofolia), a borrazeira preta (salix atrocinerea) e o freixo (Fraxinus angustifolia). Na “Crista da Serra”, acima dos 1000 metros, encontra-se uma vegetação arbustiva, onde predominam o tojo (Ulex spp) e as urzes, como a urze vermelha (Erica australis), a urze branca (Erica arborea), a queiró (Erica umbellata), sargaço branco (Cistus psilosepalus), a giesta branca ou giestas das serras (Cytisus multiflorus), e os fetos (Asplenium spp.). A carqueja (Pterospartum tridentatum), encontra-se por toda a serra, mas é mais frequente no lado Sul onde chega a ocupar grandes espaços. Existe uma espécie pouco vulgar nesta região, que é o piorno bravo (Echinospartum lusitanicum), é uma espécie vulnerável, encontra-se a 1317 metros de altitude, na parte sul da Serra, e encontra-se ainda a 1370 metros. Esta espécie floresce no início do mês de Junho. As espécies arbóreas variam consoante a formação geológica, como por exemplo, o azevinho (Ilex aquifolium), que é uma espécie rara e protegida, o amieiro e o salgueiro.
Os principais factores de ameaças para a fauna e para a flora são:
  • O fogo constitui um dos factores de degradação das zonas florestais causando danos graves na vegetação.
  • As queimadas, utilizadas de forma sistemática e incorrecta, levam também à destruição do coberto vegetal espontâneo, favorecendo a erosão e o desaparecimento de biótopos característicos.
  • A colheita de espécies botânicas por coleccionadores (as mais raras) e por laboratórios (as de carácter medicinal).
  • O sobrepastoreio, praticado pelo gado caprino, compromete a regeneração de algumas espécies de vegetação autóctone.
  • A caça furtiva exerce-se por meios ilegais, sendo eliminadas espécies cinegéticas e não cinegéticas.
  • A utilização de áreas protegidas para percursos todo-o-terreno, danifica o coberto vegetal. • A ausência de fiscalização permite o uso de técnicas e meios ilegais de pesca, capturando indivíduos de tamanho inferior à medida legal.
  • A instalação de parques energia eólica e a falta de aplicação das medidas de minimização e compensação que os promotores ficaram obrigados a aplicar no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental.